13 de agosto de 2018

ESMERALDA - ZÍBIA GASPARETTO

LIVRO - ESMERALDA - ZÍBIA GASPARETTO

Romance espírita ditado por Lucius. A vaidade tem um preço que o orgulho sempre paga. Foi em Valença, na Espanha, que a cigana Esmeralda encontrou o amor que arrastou consigo pela vida afora, um amor predestinado.



NOTA SOBRE O LIVRO:

Este livro é fantástico, como todos os outros que já li desta autora. 

A história se passa na Espanha durante o século XIX e mostra a diversidade de culturas. De um lado o povo cigano e suas tradições e do outro, a nobreza, suas tradições e preconceitos. Recheado de intrigas, interesses e decepções, traições, ódio e arrependimentos...

Dom Carlos era um jovem rico que adorava festas, por isso, ele sempre dava um jeito de escapar das paredes do castelo onde vivia sob o domínio de seu pai, Dom Fernando, para se divertir no meio do povo. Foi em uma dessas escapadas que Carlos conheceu a cigana Esmeralda. 

Esmeralda era uma linda cigana. Órfã de pai e mãe e que foi criada por seu povo com todos os mimos. Linda e muito sensual, despertava o desejo e a paixão de todos os homens, mas ela não queria se prender em ninguém, pois prezava sua liberdade e só fazia o que tinha vontade, se contrariada virava uma fera. Era orgulhosa, voluntariosa, geniosa e consciente de sua beleza e sensualidade.

Carlos ficou fascinado com a dança e com os mistérios que Esmeralda esbanjava. Após a primeira noite juntos, Carlos decidiu seguir Esmeralda com seu povo até Madrid. Voltou para casa a fim de pegar alguns pertences, mas ao retornar para o acampamento foi recebido com indiferença por Esmerada. Irritado, ele resolveu ir embora, mas foi assaltado e ferido no caminho. Deixado a própria sorte, Carlos acabou sendo encontrado pelos ciganos e Esmeralda se dedicou a cuidar dele. Carlos se recuperou dos ferimentos e passou a viver com Esmeralda em sua carroça.

Após meses longe de casa e no convívio com os ciganos, Carlos sentia-se inquieto e com saudades de casa e após inúmeras discussões com Esmeralda sobre sua partida, resolveu partir com a promessa de que regressaria. Ao chegar em casa Carlos encontrou sua mãe Encarnação aflita e grata pelo regresso do filho e o pai decidido a fazer do seu único filho um homem que dominasse os negócios.

Na história teremos personagens marcantes como Miro (amigo de Esmeralda), Sergei (o chefe dos ciganos), o padre Gervásio, Leonor (tia de Carlos) e Fabrício (o marido), Dom Hernandes (pai de D. Maria com quem os pais de Carlos desejavam que ele se casasse), Tânia ( a cigana que era mãe de Esmeralda). Dentre eles podemos destacar os que são bons, os que são maus (no sentido de sentirem raiva, inveja, ódio e desejo de vingança) e os neutros. Os neutros são aqueles que apenas complementam a história e fazem parte do pano de fundo, mas é bom prestar atenção a todos, pois em algum momento eles servirão de elo entre uma situação e outra. Alberto (sobrinho de Dom Hernandes e amigo de Carlos) era apaixonado por Maria (a escolhida para se casar com Carlos).

Esmeralda e os ciganos estavam de volta à Valença, mas em uma noite qualquer, o castelo onde Carlos vivia foi invadido e Carlos teve que deixá-la para lutar pela preservação dos bens da família. Nessa luta Carlos foi gravemente ferido, mas a presença de Esmeralda trouxe-o de volta a vida (assim como no primeiro ferimento), mas a presença da cigana não era bem vista pela família. Logo em seguida Dom Hernandes chegou com mulher e filha ao castelo para passaram uma temporada e Carlos (ainda abatido com a partida de Esmeralda e os ferimentos) passou a conviver com Dona Maria e gostar de sua companhia.

Miro sabia que em algum momento Carlos teria que fazer uma escolha na vida entre duas mulheres. Esmeralda estava inconformada de imaginar que não seria a escolhida, afinal, seu orgulho a fazia pensar que era irresistível e é daí para frente que Esmeralda se torna uma mulher amarga, rancorosa e cheia de amarguras. Assim como Alberto, só pensava em vingança, capaz até se desprezar a criança que carregava em seu ventre. Miro sempre aconselhou Esmeralda, mas esta tomada pelo despeito não queria ouvir.

Diversas situações faz com que Carlos, Esmeralda e Alberto estejam sempre se relacionando até que seus comprometimentos nesta vida sejam cumpridos. Alberto nunca esqueceu Maria. Não acredito em amor, mas sim em sentimento de posse, inveja, obsessão. Esmeralda também não amava Carlos verdadeiramente, pois uma linha muito tênue faz com que ela odiasse na mesma intensidade. Carlos, por sua vez também não me convenceu com seu amor Esmeralda, assim como seu amor por Maria. Ele nutria adoração e desejo pela cigana e gratidão por Maria. A única personagem que ama no verdadeiro sentido da palavra é Maria, que foi capaz de perdoar todos os erros do marido. Esta sim era um espírito evoluído que veio para colocar os demais personagens em seus caminhos.

Mesmo este sendo um resumão sobre o livro, leia, pois tem muita coisa que acontece que torna essa história cativante e com gosto de quero mais. Se tem um livro da Zíbia que merecia uma continuidade, certamente é este livro. Adoro e a releitura valeu muito a pena, pois pude relembrar muita coisa que não lembrava mais da história. 

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