29 de dezembro de 2015

SÉRIE OS BRIDGERTONS - PARA SIR. PHILLIP, COM AMOR - #05 - JULIA QUINN

PARA SIR. PHILLIP, COM AMOR - #05 - JULIA QUINN

Eloise Bridgerton é uma jovem simpática e extrovertida, cuja forma preferida de comunicação sempre foram as cartas, nas quais sua personalidade se torna ainda mais cativante. Quando uma prima distante morre, ela decide escrever para o viúvo e oferecer as condolências. 

Ao ser surpreendido por um gesto tão amável vindo de uma desconhecida, Sir Phillip resolve retribuir a atenção e responder. Assim, os dois começam uma instigante troca de correspondências. Ele logo descobre que Eloise, além de uma solteirona que nunca encontrou o par perfeito, é uma confidente de rara inteligência. E ela fica sabendo que Sir Phillip é um cavalheiro honrado que quer encontrar uma esposa para ajudá-lo na criação de seus dois filhos órfãos. 

Após alguns meses, uma das cartas traz uma proposta peculiar: o que Eloise acharia de passar uma temporada com Sir Phillip para os dois se conhecerem melhor e, caso se deem bem, pensarem em se casar? 

Ela aceita o convite, mas em pouco tempo eles se dão conta de que, ao vivo, não são bem como imaginaram. Ela é voluntariosa e não para de falar, e ele é temperamental e rude, com um comportamento bem diferente dos homens da alta sociedade londrina. Apesar disso, nos raros momentos em que Eloise fecha a boca, Phillip só pensa em beijá-la. E cada vez que ele sorri, o resto do mundo desaparece e ela só quer se jogar em seus braços. 

Agora os dois precisam descobrir se, mesmo com todas as suas imperfeições, foram feitos um para o outro.


NOTA SOBRE O LIVRO:

O quinto livro da série "Os Bridgertons" conta a história de Eloise Bridgerton e Sir Phillip Crane.

Eloise, 28 anos, continua solteira, por pura opção, já que os pretendentes que surgiram não correspondiam a nenhuma de suas expectativas. Seu hábito era escrever cartas e foi assim que ela passou a se corresponder com Phillip.

Phillip, 30 anos, ficou viúvo com um casal de filhos gêmeos para criar. Oliver e Amanda eram duas pestinhas e o pai não tinha o menor jeito para lidar com eles. Phillip era um homem do campo, que sempre viveu na área rural e por isso não era considerado um homem de fino trato. A esposa morreu após oito anos de casados, mas Phillip nunca a amou verdadeiramente.

Há relatos breves sobre o relacionamento de Marina e Phillip e de como foi o falecimento de Marina.
"E seu olhar dizia que ele não ligava muito para o fato de seus modos não estarem de acordo com o que era esperado pela sociedade. (...) Já com Sir Phillip era diferente. Eloise podia apostar que nunca lhe passara pela cabeça se estava ou não sentado de maneira apropriada, e com certeza jamais se preocupara em garantir que as pessoas soubessem que ele não se importava."
Quando Phillip propôs casamento à Eloise, não era sua intenção se apaixonar, mas sim, ter uma mulher para cuidar de sua casa e de seus filhos. Antes do primeiro encontro, ambos possuíam ideias completamente diferentes de como eram fisicamente, afinal, conheciam-se apenas por cartas. O que me fez gostar de Eloise foi a coragem com que ela seguiu ao encontro de Phillip, que me encantou desde o prólogo, com seu jeito matuto e verdadeiro, maduro e digno.

A primeira dificuldade que Eloise encontrou foi a estupefação de Phillip, que ficou perdido e sem saber como agir diante da moça, que de cara o encantou com tamanha beleza. Ele não estava preparado para tal imagem. A segunda dificuldade foi lidar com os gêmeos. Os pestinhas não dariam trégua, mas Eloise, que tem um número incontável de sobrinhos e 7 irmãos, tinha seus meios para lidar com eles.

Realmente as crianças não eram fáceis, mas Eloise não alimentou em Phillip a punição. Ao contrário, ela queria que ele deixasse as crianças em suas mãos para que ela resolvesse as questões ao seu modo, mas Phillip não via desta forma. Um dos conflitos de Phillip estava ligando a uma questão que ele mesmo levanta:
"Talvez fosse necessário ter tido um bom pai para saber ser um."
Phillip sentia que a proposta de casamento que fez a Eloise não era mais do que apenas a necessidade de dar uma mãe aos seus filhos, mas sim, o fato de estar descobrindo o quanto ele desejava Eloise. Phillip precisava suprir a necessidade de atenção e amor para seus filhos aprendendo demonstrar afeto, demonstrar sentimentos, ser um pai mais presente. Creio que seja exatamente por isso que os gêmeos eram tão rebeldes: Por pura necessidade de chamar atenção do pai, já que eles compreenderam com "facilidade" a partida da mãe.

Eloise tinha planos com Penelope de ficarem "solteironas", mas ela não contava com a hipótese de que sua melhor amiga se casaria, ainda mais que esse casamento fosse com seu irmão, Colin. Diante dessa nova perspectiva, Eloise passou a pensar mais em si, o que em alguns momentos faz com que ela se sentisse até egoísta. Ao contrário de Penelope que nunca havia recebido uma proposta de casamento, Eloise havia recusado algumas, e isso, porque ela não queria simplesmente se casar, ela queria um "algo mais". Seu pretendente a marido deveria ser alguém que correspondesse às suas mais íntimas expectativas, então, quando ela conheceu Phillip, todas essas questões voltam à tona e mais, ela começou a se questionar se o homem era aquele que ela sempre quis. Sua maior preocupação, claro, era se darem bem (e Phillip prova a ela de forma bem interessante que se darão muito bem) e também o amor. Eles estavam se descobrindo então, não havia de fato, um amor avassalador entre eles, mas sim, sentimentos que estavam aflorando de ambos os lados.

A convivência os levou ao amadurecimento e ao reconhecimento de como deveriam construir a relação, sem contar, que Phillip se mostrava um homem viril e sexy. Um homem apaixonado e sedutor. Um homem que desejava ardentemente sua mulher e que aprendeu com ela como se tornar um pai mais presente e mais amável com seus filhos. Eloise também desempenhou muito bem seu papel de mulher, de mãe, de companheira e de amiga, pois a homenagem final da história foi realmente muito bonita.

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