12 de dezembro de 2020

LEMBRANÇAS QUE O VENTO TRAZ - #03 - MÔNICA DE CASTRO

LEMBRANÇAS QUE O VENTO TRAZ - #03 - MÔNICA DE CASTRO

Este é o final da trilogia que se iniciou com o livro Sentindo na Própria Pele, passando por Com o Amor não se Brinca até chegar a este, Lembranças que o Vento Traz, que encerra a história da família Sales de Albuquerque e da escrava Tonha, que a ela se ligou por laços de amor e ódio do passado.

A vida nos ensina muitas coisas. Tudo aquilo que nosso coração teima em não enxergar a vida coloca diante de nós, para que possamos empreender uma auto-reflexão e modificar atitudes que não condizem mias com a nossa necessidade de evolução.

Assim é com Clarissa. Desde sua saída do então próspero Vale do Paraíba, até a ida para a distante e isolada Cabo Frio, a vida tentando mostrar-lhe a necessidade de desapego do orgulho como forma de facilitar o seu crescimento espiritual.

Mas se desapegar nem sempre é tão fácil, por causa das Lembranças que o Vento Traz.


NOTA SOBRE O LIVRO:

Chegou ao fim a história da família Albuquerque. Sem medo de errar, afirmo que esta é uma história que daria uma excelente série na Netflix, porque a trama que envolve essa família, as gerações, o período entre a escravidão e a abolição da escravatura, o ódio e o rancor que cerca alguns personagens, as provações pelas quais outros precisam passar, o cenário onde tudo ocorreu é simplesmente fantástico.

A sequência dos livros é:

1) Sentindo na própria pele
2) Com o amor não se brinca
3) Lembranças que o vento traz

Nesta fase a escrava Tonha já desencarnou, mas segue como um tipo de protetora de Clarissa, que era a neta de Rodolfo (o gêmeo mau), filha de Fortunato e Flora e irmã de Luciano e Valentina.

A família Albuquerque, rica outrora, encontrava-se em uma situação financeira muito séria, à beira da falência, devido a pragas nas plantações da família. Como alternativa para saldar as dívidas, Fortunato deu a mão da filha Clarice em casamento com Abílio, um joalheiro rico, porém, bem mais velho que Clarissa, que contava com apenas 19 anos enquanto Abílio contava com 40.

Clarissa entra em desespero ao saber que foi literalmente vendida, mas a única pessoa que não se compadeceu de sua agonia foi a irmã Valentina. Outra geração, mas os mesmos sentimentos de raiva, inveja e antipatia. Foi em um sonho que Tonha, a protetora, aconselhou Clarissa a aceitar seu destino e aos poucos, a moça soube das ligações que tiveram em outra vida e entendeu porque precisaram voltar todos juntos outra vez.

Abílio era viúvo e com dois filhos. Um homem grosseiro e misterioso. A esposa, Leonor havia se suicidado e a casa onde moravam estava um caos, pois não haviam empregados e apenas a pequena Angelina, filha de Abílio.

A leitura flui facilmente e é bem cativante. Também há um mistério envolvendo Leonor. Não consigo dizer qual dos três gostei mais, pois encaro como sendo uma história única e muito bem arquitetada. Vale muito a pena ler.

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