2 de julho de 2017

SÉRIE FLORES DA TEMPORADA - A PROMESSA DA ROSA - 01# - BABI A. SETTE

A PROMESSA DA ROSA - #01 - BABI A. SETTE

Século XIX: status, vestidos pomposos, carruagens, bailes… Kathelyn Stanwell, a irresistível filha de um conde, seria a debutante perfeita, exceto pelo fato de que ela detesta a nobreza; é corajosa, idealista e geniosa. Nutre o sonho de ser livre para escolher o próprio destino, dentre eles inclui o de não casar-se cedo. No entanto, em um baile de máscaras, um homem intrigante entra em cena… Arthur Harold é bonito, rico e obstinado.

Supondo, por sua aparência, que ele não pertence ao seu mundo, à impulsiva Kathelyn o convida a entrar no jardim – passeio proibido para jovens damas. Nunca mais se veriam, ela estava segura disso. Entretanto, ele é: o nono duque de Belmont, alguém bem diferente do homem que idealizava, só que, de um instante a outro, o que parecia a aventura de uma noite, se transforma em uma paixão sem limites.

Porém, a traição causada pela inveja e uma sucessão de mal-entendidos dão origem ao ciúme e muitas reviravoltas. Kathelyn será desafiada, não mais pelas regras sociais ou pelo direito de trilhar o próprio caminho, e sim, pela a única coisa capaz de vencer até mesmo a sua força de vontade e enorme teimosia: o seu coração.

NOTA SOBRE O LIVRO:

Kathelyn não era uma garota como todas as outras de seu século. Ela era uma moça espirituosa, atrevida, corajosa e também muito curiosa. Por conta de seu comportamento nada "condizente" com as regras, frequentemente estava de castigo, mas naquele dia do baile ela conseguiu um jeito de estar lá. Seu interesse no baile era somente para poder chegar perto da coleção de peças gregas que o Visconde de Whitmore possuía. 

"Enquanto criança, era somente as saias que corriam o risco de serem jogadas na lama. Agora, diante da sociedade, ela sabia que podia acabar com a cara e a reputação inteira na lama."


Arthur, um homem de 30 anos, ficou impressionado com a beleza daquela jovem, mas ficou extremamente curioso quando a viu deixar o salão de baile e seguir na direção da biblioteca de Whitmore, mas indignou-se de imaginar que ela roubaria a coleção que em breve completaria a sua, afinal, ele a ganhou em um jogo na noite anterior. A coleção era o único motivo para que ambos estivessem naquela festa, já que Arthur não era frequentador das temporadas. Ele estava ali apenas para avaliar o real valor da coleção enquanto que Kathelyn queria apenas matar sua imensa curiosidade de ver de perto tudo aquilo que havia (secretamente) estudado.

"- A senhorita lê grego?
- Sim - disse com a voz falha
- Quem é a senhorita?
Ele soltou-a, ela virou e o encarou.
- Alguns me chamariam de excêntrica. - Ele franziu o cenho, ela continuou. - Eu apenas considero mais interessante uma coleção de relíquias do que um baile. - O cenho dele continuava fechado. Ela disse:
- Eu os estudo há anos.
- Os gregos?
- Sim.
- Como?
- Em livros. "

Nenhum dos dois revelou sua verdadeira identidade, mas a atração era extremamente visível e notória. O primeiro beijo foi avassalador. Kathelyn sentia o corpo todo queimar sem saber explicar o que era aquilo tudo que sentia e Arthur estava se corroendo de raiva e frustração por ter o beijo interrompido daquela forma, mas ficou ainda mais depois de perceber que a bela jovem havia desaparecido.


Kathe estava com o coração em festa porque seu pai havia permitido, que mesmo de castigo, ela comparecesse à ópera em que Lady Wharton havia convidado sua família. 

Uma observação que tenho a fazer é que a autora sabe construir seus personagens com certo toque de realidade. Em "Entre o amor e o silêncio" ela soube caracterizar muito bem o personagem em sua função CEO, seu comportamento e desenvoltura do trabalho. Aqui, no caso de Arthur, ela entra, mesmo que sutilmente, nas questões políticas e nas questões que envolvem a posição do duque. Isso passa muita firmeza no texto. 

Arthur estava com trinta anos e ainda não tinha se casado. De tempos em tempos ele trocava de amante (e era sempre muito generoso com elas... financeiramente falando). Ele pretendia se casar, obviamente, mas pretendia fazer isso de forma consciente, sendo honroso e respeitoso com sua família. Sabemos que naquela época era muito comum que os homens casados tivessem suas amantes e Arthur não aceitava esse comportamento. Tanto que a amante atual seria sua última, como despedida, pois ele havida decidido que encontraria uma mulher para ser sua esposa.

Ele havia decidido que queria se casar com Kathe, mas para isso ele precisaria conquistá-la, já que a garota era geniosa e ele sabia que ela não aceitaria um casamento "arranjado". Kate era extremamente petulante e arredia e embora ela sentisse a mesma atração que Arthur, ela não se deixava ser "domesticada". Ela o enfrentava, mas isso não o exasperava, ao contrário, o seduzia ainda mais e, ele sabia, que para conquistá-la ele teria que ser paciente. O tempo e a convivência se mostraram os melhores aliados deste romance!

O problema é que Kathe estava sempre se enfiando em alguma encrenca e não percebia que em seu convívio havia uma traidora.

Da atitude dos personagens: 
- A preceptora de Kathe, a Sra Elisa Taylor foi para mim uma grande surpresa. 
- A mãe de Kate, a Sra Elizabeth era a típica mulher da época que abaixava a cabeça para todas as vontades do marido e não tinha voz ativa para nada, como era o esperado. 
- O pai de Kathe, no meu ponto de vista, foi o homem mais despudorado que podia existir, afinal, ele não hesitou em fazer um acordo com o duque e depois agir como agiu. 

Estamos falando de dois personagens extremamente fortes e apaixonados, mas também muito magoados e imponentes, e a mistura desses sentimentos nem sempre resulta em bons conselhos, em decisões certeiras e positivas.

Por trás de toda história do casal, ainda há um universo de intrigas e conspirações que acabam interferindo na vida deles, mas a verdade é que mesmo as dificuldades e as implicações tendem a aproximá-los de alguma forma. As reviravoltas, a forma como tudo aconteceu foi simplesmente perfeito. Estou convencida de que este foi sem sombra de dúvidas mais um grande acerto da autora. A história é realmente muito fascinante e envolvente. Algo que faz você se sentir dentro do cenário e visualizar cada relato.  

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